Fiquei feliz de ver os guris em cena. O Heinz, sempre grandioso, faz jus ao título de Melhor ator "porto-alegrense" (hehehe) de sua geração (título este conferido por mim mesmo...). Está bem mais à vontade e inteiro do que na "Megera Domada" da Patrícia Fagundes. O Carlos Ramiro faz um magro bem bacana, mas perde força pela voz que por muitas vezes atrapalha. A dupla contudo funciona muito bem junta. Assim como funcionam a belíssima iluminação da Nara e a trilha do Álvaro. A direção do Nelson e da Liane consegue tirar bastante proveito do texto, criando e instaurando climas diversificados, mas peca por não orientar a platéia; ficamos tão à deriva quanto os próprios personagens (seria essa a idéia???)
Por isso, fiquei confuso com o espetáculo. O texto do Paul Auster faz alusão óbvia ao Godot do Beckett, mas não entendo a relação do Gordo e do Magro com esta história. Por que estariam os dois, justamente os dois, a permanecerem no limbo, a trabalharem incansavelmente em um trabalho sem importância e sem fim? Faltou-me certo conhecimento para eu conseguir seguir na construção desse muro...
Por isso, fiquei confuso com o espetáculo. O texto do Paul Auster faz alusão óbvia ao Godot do Beckett, mas não entendo a relação do Gordo e do Magro com esta história. Por que estariam os dois, justamente os dois, a permanecerem no limbo, a trabalharem incansavelmente em um trabalho sem importância e sem fim? Faltou-me certo conhecimento para eu conseguir seguir na construção desse muro...
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