domingo, 31 de maio de 2009

Vídeo pornô equivocated

Juro!
Eu fico me perguntando quem tem uma idéia dessas...

O equivocated mora aqui!

(PS: Este vídeo contém imagens fortes que podem destruir a tua ilusão infantil...)

(PS2: Prá quem tiver a coragem de olhar, não perca os 20 segundos finais. Patético!)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Dica NADA equivocated: Park Chan-wook


Acabou de ser divulgado que o novo filme do Park Chan-wook, intitulado "Thirst", recebeu o Prêmio do Júri em Cannes (dividido com "Fish Tank", de Andrea Arnold). O filme de Chan-wook narra a história de um padre que, após passar por uma experiência médica mal sucedida, se transforma em um vampiro. Fiquei bem feliz e ansioso em ver o novo trabalho desse, que é por mim considerado, um dos maiores diretores do cinema mundial contemporâneo.
Não sabe de quem eu tô falando? Park Chan-wook é um cineasta coreano, cuja obra mais conhecida é "Trilogia da Vingança", composta pelos filmes "Mr. Vingança" ("Simpathy for Mr. Vengeance"), "Old Boy" e "Lady Vingança" ("Lady Vengeance"). Quem não viu estes filmes, tem que ver AGORA! Sobretudo o "Old Boy", meu favorito! Abaixo, o trailer dos 3 filmes:







quinta-feira, 28 de maio de 2009

Frase equivocated da semana

"Não fique triste, Karina (...) Você não levou um milhão de reais, mas ganhou um estágio remunerado na Vivo!"
Roberto Justus, para a "medalha de prata" do programa "Aprendiz Universitário 6".


Brigado pela sua participação, Justus!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Os atores-mirins crescem...

O amigo Bruno Lango me mandou o link do blog "Juventude Cibernética", no qual podemos conferir várias atrizes mirins que cresceram e viraram lindas mulheres (mulherões, eu diria...).
Dá uma conferida no que aconteceu com a atriz Soleil Moon Frye, a espevitada Punky Brewster:



Outra coisa bacana é o vídeo que fizeram em comemoração aos 40 anos do filme "A Noviça Rebelde", na qual os atores que faziam as crianças Von Trapp aparecem cantando, 4 décadas mais velhos:

terça-feira, 26 de maio de 2009

Lixo Equivocated

Por que mesmo que eu detesto a Susana Vieira?




Ah, lembrei...
(Tem gente que casa com quem merece, né?)


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Prêmio Equivocated da Semana



Muuuuuuuuuuuito obrigado, CQC!!!


Recut Equivocated

Depois de postar os "Inappropriate Soundtracks" lembrei dos Recuts que rolaram no youtube há um tempo... Lembrei que ri muito que com vários e por isso, posto aqui os dois mais engraçados que me lembro (tá, a maioria já cansou de ver esses vídeos, mas fodam-se!):

1) "Brokeback to the Future"


2) "Scary Mary"

Soundtrack Equivocated

A última moda entre os meus amigos internautas (odeio essa expressão!) são os vídeos que compões a série intitulada "Inappropriate Soundtrack", na qual alguém pegou cenas famosas de filmes e colocou uma trilha sonora totalmente equivocada por cima, mudando todo o contexto da situação. No blog Trailer Trasher, vocês podem conferir as 18 "Inappropriate Soundtracks" mais engraçadas; lista esta que inclui clássicos como "E o Vento Levou", "O Poderoso Chefão", "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", dentre outros.
Confira abaixo o que os caras fizeram com o "bíptico" "Kill Bill":




Nada melhor quando o equívoco é intencional...

domingo, 24 de maio de 2009

Equivocateds pelo mundo: Rio Grande do Sul

Equivocateds pelo mundo: Peru



Por que a Elza Soares mudou pro Peru e não avisou ninguém?!?!?

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Prêmio Equivocated da EXISTÊNCIA HUMANA!!!

ATENÇÃO!

Meu amigo (amigo?!?!) Maico descobriu o vídeo que é, sem dúvida nenhuma,
o PRÊMIO EQUIVOCATED DA EXISTÊNCIA HUMANA!!!!

Se você não tem estômago forte, não veja!
Se você tem alguma esperança no ser humano, evite!
Se você ainda acredita que existe salvação prá nossa raça, fuja desse vídeo!

O horror mora aqui!

(Só não me perguntem como é que o Maico descobriu esse vídeo...)

terça-feira, 19 de maio de 2009

domingo, 17 de maio de 2009

Prêmio Equivocated da Semana




Essa foi antes do CQC! Eu vi ao vivo! huahauhauhauhauahua


Equivocateds pelo mundo: Índia

terça-feira, 12 de maio de 2009

Saudade

Ontem, caminhando pelo Shopping Total (odeio shoppings! só matava tempo pro meu ensaio do "Moças"...), passei por uma pseudo-lojinha e ouvi de fundo:

Come on baby, loosen up my buttons babe / Loosen up my buttons babe / Baby, won't you loosen up my buttons babe?

E me lembrei da minha IntenCIDADE 1ª...

Acabou. Eu sei que tivemos bons momentos juntas, mas acabou!

Opinião Equivocated - O Gordo e o Magro vão para o céu

Fiquei feliz de ver os guris em cena. O Heinz, sempre grandioso, faz jus ao título de Melhor ator "porto-alegrense" (hehehe) de sua geração (título este conferido por mim mesmo...). Está bem mais à vontade e inteiro do que na "Megera Domada" da Patrícia Fagundes. O Carlos Ramiro faz um magro bem bacana, mas perde força pela voz que por muitas vezes atrapalha. A dupla contudo funciona muito bem junta. Assim como funcionam a belíssima iluminação da Nara e a trilha do Álvaro. A direção do Nelson e da Liane consegue tirar bastante proveito do texto, criando e instaurando climas diversificados, mas peca por não orientar a platéia; ficamos tão à deriva quanto os próprios personagens (seria essa a idéia???)
Por isso, fiquei confuso com o espetáculo. O texto do Paul Auster faz alusão óbvia ao Godot do Beckett, mas não entendo a relação do Gordo e do Magro com esta história. Por que estariam os dois, justamente os dois, a permanecerem no limbo, a trabalharem incansavelmente em um trabalho sem importância e sem fim? Faltou-me certo conhecimento para eu conseguir seguir na construção desse muro...

Equivocateds pelo mundo: Brasil

Equivocateds pelo mundo: Japão

Equivocateds pelo mundo: Filipinas

Equivocateds pelo mundo: Espanha

Equivocateds pelo mundo: Bélgica

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tu já experimentou - parte 8?

Brigadeiro de Uva

Ingredientes:
  • 2 xícaras (chá) de leite condensado
  • 4 gemas
  • 1 caixinha de gelatina em pó sabor uva
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • 1 pitada de sal
  • 1/2 colher (chá) de baunilha
  • manteiga p/ untar
  • chocolate granulado
Modo de Preparo:

Em uma panela, misture todos os ingredientes e leve ao fogo médio, mexendo até engrossar e aparecer o fundo da panela. Espalhe a massa em uma travessa untada com manteiga e deixe esfriar. Unte as mãos com manteiga e enrole os brigadeiros. Passe-os no granulado e sirva-os em forminhas de papel.


Obrigado, Grupo Pedras de Teatro!

Opinião Equivocated - Mangiare

Fui assistir ao último espetáculo do Grupo Pedras (RJ), o qual eu particularmente não conhecia. O trabalho intitula-se "Mangiare" e ficou bem famoso no país por servir refeições aos espectadores. Na verdade a proposta vai mais além: as cenas do espetáculo estão intrinsecamente ligadas à criação dos pratos da refeição (entrada, prato principal e sobremesa).

Saldos positivos dessa ceia: pratos bem saborosos e diferentes (aliás, alguém me explica o que é o "brigadeiro de uva"?!?!?!); clima de restaurante bem agradável; o prazer de ter jantado com amigos e pessoas muito queridas prá mim (Felipe, Ricardo, Tati, Guada, Diana, Carmen, Chico, Elisa, Lolita e Dudu); a cena das máscaras de preparação do nhoque de inhame; trilha sonora deliciosa; cena do abate dos animais bem ousada dentro da proposta.

Pontos estragados na receita: teatro com humor fácil (tipicamente carioca, eu diria assim, com todo o meu preconceito à flor da pele); ausência de uma direção mais eficaz.

Comida indigesta: o bendito nhoque de inhame que me fez passar mal durante toda a madrugada e derrubou meu fígado por todo o Dia das Mães. (Aliás, Deus salve o inventor do Eparema...)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Opinião Equivocated - Teatro que Roda (GO) e XIX de Teatro (SP)

Dia 08 de Maio de 2009. Um dia muito especial no qual me lembro a exata explicação do porquê eu continuo fazendo teatro e do porquê ainda acredito no seu poder (trans)formador!


Obrigado Teatro que Roda pelo avassalador "Das Saborosas Aventuras de Dom Quixote de la Mancha e seu Escudeiro Sancho Pança"!


Obrigado XIX de Teatro pelo emocionante "Hysteria"!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Opinião Equivocated - Mire Veja



"
Mire Veja - Mosaico de Vidas na Metrópole", da Cia. do Feijão.
Direção e dramaturgia de Pedro Pires e Zernesto Pessoa.




No debate pós-espetáculo, o diretor Pedro Pires comentou que se você pára prá atentar aos sons do centro de São Paulo, pode chegar a ouvir um passarinho que canta incansavelmente em meio ao barulho da metrópole. Esta é a sensação que me fica de "Mire Veja".
Extremamente simples na concepção - mas não simplório! - a Cia. do Feijão foi descascando seus atores para nos apresentar diversos personagens e seus discursos/palavras/pensamentos/decisões/sentimentos, que solitariamente vão construindo uma imensa São Paulo sem fronteiras e sem limites. Uma seqüência de narrativas tocantes e reflexivas.
Sem utilização de trilha sonora, apenas de sons e melodias executadas ao vivo pelos atores, o espetáculo vai revelando um universo bem mais profundo do que aparenta a "simples simplicidade" da encenação. Cada personagem tem algo a expor. E precisa ser notado. O próprio nome do espetáculo diz: mire. veja. Nada é só o que aparenta!
Como ressalva, apenas a minha necessidade de ter mirado personagens menos tipificados, mais humanos, apesar de serem completamente críveis, sobretudo quando executados pelos ótimos Zernesto Pessoa, Fernanda Haucke e Petrônio Nascimento.
No bate-papo, a equipe da peça comentou que uma senhora semi-analfabeta, a qual nunca tinha ido ao teatro, assistiu a este trabalho na escola e expôs que a sensação era de que ela estava vendo São Paulo sem telhados.
Sim, senhora. Tens razão.

Prêmio Equivocated da VIDA!!!

Locomía...
Lembra deles? Sim?!
Pois saiba que eles AINDA existem... não me perguntem o por quê?
E pior...

... estão cada vez mais equivocados!!!
PRÊMIO EQUIVOCATED VITALÍCIO PRÁ ELES!

PS: Obrigado, Ricardo Zigomático!

quarta-feira, 6 de maio de 2009



Obrigado, Roger Lerina!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Opinião Equivocated - Ele Precisa Começar

Sigo comentando as peças do Palco Giratório. Não sou crítico, sou ator. Mas talvez o olhar de um ator/diretor sobre um espetáculo seja mais honesto que um olhar de alguém de fora da área... Não ouso comentar livros, nem tampouco músicas. Sei que minha opinião sobre artes plásticas sempre vai ser superficial. Por isso, vou OPINAR sobre espetáculos de TEATRO, que são do meu métier.

"Ele Precisa Começar", com direção de Alex Cassal e Felipe Rocha.

Acho o Felipe um ator magnético. Já tinha achado ao vê-lo no maravilhoso "Ensaio.Hamlet", do Enrique Diaz, e neste espetáculo sobretudo, comprovo minha teoria. Não fosse sua presença de cena, seu despojamento, sua vontade de quebrar os pré-conceitos, não sei o que seria desse "Ele Precisa Começar". Adoro a maneira como eles (diretores) fazem de tudo prá quebrar com a estrutura teatral (tanto espacial quanto temporal). Adoro principalmente porque me lembrou muito o processo que eu e o Felipe (o Vieira, não o Rocha...) passamos com nosso "A Vida Sexual dos Macacos". E não só pelo processo; os espetáculos tem muitas similaridades: alternância entre narração e dramatização de cenas, mescla de ator com personagem, utilização de aparelhos eletrônicos por parte do ator, e por aí vai. Por isso, compreendo perfeitamente a proposta do Alex e do Felipe (o Rocha, não o Vieira...) e acho louvável este tipo de trabalho: que vem questionar estruturas teatrais rígidas e retrógradas. O resultado porém deixa a desejar enquanto espetáculo: falta uma certa coerência dramática à peça, o que nos dá a impressão que estivemos no meio de uma tormenta e que saímos prá lugar nenhum. Algumas cenas funcionam, outras nem tanto. Fica um desejo de conexão em tudo aquilo. Mas daí me pergunto: será que esse desejo de conexão, de lógica, de coerência não é um pensamento retrógrado por nossa parte? De que adianta o teatro querer respirar novos ares se esperamos dele resultados clássicos? Prá onde vai a nova dramaturgia? Vale a pena arriscar em peças que confundam a cabeça do espectador se este ainda espera um personagem em uma ação dramática compreensível e verossímil?
Por estas e por outras, escolho que o que eu mais vou guardar do "Ele Precisa Começar" é o processo (que eu suponho que tenha acontecido, claro!). Por mim, ele nem começaria.

Acessa aí o blog do espetáculo: http://www.eleprecisacomecar.blogspot.com/

domingo, 3 de maio de 2009

Opinião Equivocated - Cia São Jorge de Variedades e Sérgio Britto

Bem, começou o 4º Festival Palco Giratório do SESC-RS, que vai contar com ótimas encenações em sua programação (incluindo aí, três espetáculos do Sarcáustico: "A Vida Sexual dos Macacos", "IntenCIDADE 1ª: VOAR" e "Há Vagas para Moças de Fino Trato").
E já que qualquer um pode virar crítico de teatro do dia prá noite, também eu vou me meter a escrever sobre as peças que vou assistindo nesse Palco Giratório...
Hoje, escreverei minha opinião sucinta sobre as duas primeiras a que assisti:

1) "O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado", direção de Rogério Tarifa
Espetáculo de rua da Cia São Jorge de Variedades, que utiliza o clássico "Dom Quixote de la Mancha" para criticar sobretudo a contemporaneidade da vida em São Paulo, cidade-lar do grupo. E é nesse ponto que o espetáculo mais ganha, no meu ponto de vista: ao fazer essa ponte do clássico com o contemporâneo, da Dulcinéia com a cidade de São Paulo, a Cia. conquista nossa empatia e consegue nos fazer abraçar as suas idéias.
Foi realmente lindo ver a forma como o São Jorge é introjetado no espetáculo, expondo abertamente a personalidade de um grupo jovem, mas não menos qualificado para encantar nossos olhos e nossos corações.


2) "A Última Gravação de Krapp", direção de Isabel Cavalcanti
Sérgio Britto é uma grande potência e um grande nome da história do teatro nacional e só por isso já valia a pena ter ido ao teatro para vê-lo. A primeira parte do espetáculo é o "A Última Gravação de Krapp" propriamente dito. Depois de um longo blackout se inicia o "Ato Sem Palavras I", que é muito mais delicioso de se assistir, com um humor tipicamente beckettiano e no qual Sérgio Britto está ótimo. Mas apesar de sua interpretação potente, a peça não consegue ir muito além da idéia que se tem para espetáculos beckettianos. Sempre que vejo peças baseadas na obra de Beckett me pergunto se alguém conseguiria fazer algo diferente da obra do dramaturgo; ou se ela seria um aprisionamento para a concepção do espetáculo.

Por isso, assistindo a esta montagem da Isabel Cavalcanti, lembrei-me das montagens do Linneu Diaz, do Peter Brook, do Biño Sawitsvy (é assim que se escreve?) e fiquei cansado. Cansado de não ver nada de novo quando falamos em Beckett - além da linda imagem do corpo seminu de Sérgio Britto; corpo este marcado pelos anos de vida e de teatro.
Não vi a montagem do Zé Adão para o "Fim de Partida" e gostaria muito de ter visto a montagem prá mesma peça feita pelo Ói Nóis há vários anos, por isso não posso falar deles. Falo dos que vi, os quais foram repetitivos e previsíveis, excetuando talvez o "All That Fall" do Biño, que me fez suspirar pelo lirismo cênico.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

"Guts", de Chuck Palaniuk

Acabei de assistir ao filme "Choke" e fui pesquisar mais sobre o autor do romance, o americano Chuck Palahniuk, que também escreveu o cultuado "Clube da Luta".
Pois bem, encontrei o conto "Guts", do livro "Haunted". O tal conto foi publicado pela Playboy americana e causou enjôos e desmaios em várias pessoas... Eu achei do caralho!!!
Tirem suas próprias conclusões...
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Inspire.

Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa estória deve durar aproximadament e o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre “fio-terra”. Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.

Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.

Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.

Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.

Então, esse garoto, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.

Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.

Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.

As pessoas na França possuem uma expressão: “sagacidade de escadas.” Em francês: esprit de l’escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa….

Enquanto você desce as escadas, então - mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.

Esse é o espírito da escada.

O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.

Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.

Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais o encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer… melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.

Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, na qual o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os faziam gozar melhor. De forma mais intensa.

Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.

Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.

Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.

Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.

Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos. Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.

O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.

Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.

O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.

Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais expesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.

O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmãos mais velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.

Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.

Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.

O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d’água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.

Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.

Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando a luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas nas quais você não se preocupa que te pegam.

A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.

Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cú chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.

Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmã no balé. Ninguém estará em casa por horas.

Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo.

Faço isso de novo, e de novo.

Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cú sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.

E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.

Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.

As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.

Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.

As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás… mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.

Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.

Então… eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cú. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentido a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.

Dentro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.

Ver essa pílula foi o que me salvou a vida.

Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.

Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectado s por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.

O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.

Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.

Deus proíba que meus pais vejam meu pau.

Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.

Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d’água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.

Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.

Você então vê contra o que eu lutava.

Se eu largo, sai tudo.

Se eu nado para a superfície, sai tudo.

Se eu não nadar, me afogo.

É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.

O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na árgua turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.

Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.

Algo sobre o qual nem os franceses falam.

Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos “Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça…,” os russos dizem, “Preciso disso como preciso de dentes no meu cú……

Mne eto nado kak zuby v zadnitse.

Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.

Droga… mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.

Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cú. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.

Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.

É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, “Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque.” E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.

Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim….

Precisava disso como precisaria de dentes no cú.

Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.

Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.

Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, “Aquela porra daquele cachorro era maluco.”

Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, “Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo….”

E então a menstruação da minha irmã atrasou.

Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram mais isso novamente.

Nunca.

Essa é a nossa cenoura invisível.

Você. Agora você pode respirar.

Eu ainda não.

Por Chuck Palahniuk, célebre autor de "O clube da luta (fight club, 1996)".